DesSolidão
Giordano Mirandola
Não me perguntes porque vivo.Sirvo a Natureza no seu redemoinho.Sou ninho de esperança nas árvores mortas.São tortas as veredas da vida!
Não me perguntes porque escrevo poesia.A alegria não se explica nem se descreve.A verve surge do infinito do cosmos, subitamente.E, humanamente, as palavras divinas diluem-se…
Não me perguntes no que, de veras, creio.È a estrada do meio que procuro.A luz ou o clarão por dentro do escuro.A Natureza com o hálito de Deus bem no seu seio.
Não me faças perguntas no ar.Não perguntes às águias se voam.Não me façam perguntasporque não são respostas o que desejo dar….
*Giordano Mirandola - Italo-lusitano de 50 anos. Pensador e inquietador das consciências.Critico da sociedade mercantil e do espectáculo.Anti-clerical em relação a todas as religiões. Busca a VERDADE nas coisas mais simples da mãe Natureza. Acha que depois de Platão o Ocidente pouco mais acrescentou à Filosofia. Procura as suas raizes no antigo Egipto e na Babilónia.Um dos seus lemas é: "Semeia boas acções e colherás os seus frutos.A inacção num acto de misericórdia torna-se uma acção num pecado mortal."